Como Conservar a Nossa Natureza

Como Conservar a Nossa Natureza
Fotografia de Natalie Grainger / Unsplash

Amanhã, dia 28 de julho, assinala-se o Dia Nacional da Conservação da Natureza.

Esta data simbólica pretende chamar a atenção para a importância do património natural do nosso país, de enorme variedade em paisagem e biodiversidade. Este património que contribui para a identidade dos portugueses, é diferenciador e valorizador, contribui para o bem-estar, a geração de trabalho e estimulação da economia, assim como para a prevenção de riscos. E é fundamental a sua preservação.

Conservar um meio natural, que para muitos de nós pode ser uma realidade distante, pode parecer estranho e despropositado, mas todos temos um papel.

Vivemos num mundo globalizado e num país interligado numa rede intrinsecamente complexa, onde portugueses que vivem no sul podem ser afetados por ações, ou consequências de ações, realizadas no norte. Um exemplo prático poderá ser a água, na qual um consumo excessivo, particular ou profissional, de água relativa a uma bacia hidrográfica num ponto a norte, coloca em risco atividades e abastecimentos mais a sul, ainda pertencendo à mesma bacia.

Não há como escapar a esta realidade. A evolução obriga a uma interligação de redes e serviços de modo que o máximo de território tenha acesso às mesmas condições, apesar de ainda existirem muitas zonas cinzentas, elas tenderão a desaparecer com o tempo e o facilitar dos acessos.

Assim, e na temática da conservação da Natureza, o nosso pequeno país é um território comum partilhado, em que toda a sua área natural e biodiversidade pode ser influenciada por cada um de nós.

Neste sentido partilhamos algumas atitudes que todos devemos adotar para salvaguardar o património natural que pertencendo ao país, nos pertence a todos.

Great White Egret (Six Mile Cypress Sloo Preserve, Fort Myers, FL)
Fotografia de Rusty Watson / Unsplash

Água, rios e mar

Englobando todas as formas de água num único ponto é imperativo iniciarmos com o consumo. Este deve ser consciencioso, garantindo que:

- consumimos o mínimo possível em todas as situações e durante todo o ano (não apenas em contexto de seca ou apelo à redução de consumos).

- não desperdiçamos a água potável que sai das nossas torneiras, e que possui qualidade muito boa em grande parte do território, deixando-a correr diretamente para o cano enquanto realizamos outras tarefas ou aguardamos que aqueça.

- não desperdiçamos água em tarefas que podem ser evitáveis, como lavar superfícies recorrendo a grandes quantidades de água ou máquinas de pressão, quando o mesmo pode ser feito de balde, vassoura ou esfregona.

- reparamos todas as fugas identificadas o mais rapidamente possível.

Para proteger os rios e mares não basta poupar água é fundamental que evitemos fontes de poluição. Assegurando que:

- não deitamos pelos ralos ou sanitas resíduos perigosos e/ou de difícil tratamento, como sejam óleos, gorduras, tintas, vernizes ou medicamentos. Os mesmos devem ser reencaminhados para o contentor correto ou ser entregues no ecocentro ou farmácia.

- não descartamos lixo para o chão ou de forma irregular. Todos os resíduos que produzimos no nosso dia-a-dia devem ser encaminhados corretamente para o sistema local, seja ele o compostor, o contentor de lixo doméstico, o ecoponto/contentor especializado ou o ecocentro.

- os produtos químicos de limpeza e cosmética que utilizamos têm por base ingredientes de origem natural e são facilmente biodegradáveis, não implicando assim qualquer tipo de contaminação ambiental.

Fotografia de Casey Murphy / Unsplash

Florestas e flora

As florestas e a variedade de flora no nosso território são de enorme importância, mas inúmeras vezes ignoradas. Algumas atitudes simples de todos contribuem para a sua conservação.

- reduzir a necessidade de compra de lenha para as atividades de rotina, substituindo este método por outro que seja inesgotável, como a energia proveniente do sol ou do vento.

- optar por lenha proveniente de desmatação, poda ou quebra de árvores após uma tempestade ou rajadas fortes. Se não tiver acesso a nenhuma das opções anteriores dê preferência a lenha proveniente de florestas geridas de forma sustentável.

- se apreciar colher flores ou plantas selvagens, não o faça em demasia pois irá interferir diretamente com o ecossistema e impedir o seu correto desenvolvimento.

- plante espécies autóctones, que irão adaptar-se facilmente, e cultive alguns dos seus alimentos preferidos em qualquer espaço solarengo que tenha disponível, contribuindo para o aumento da biodiversidade local.

cow, farm, milk
Fotografia de Daniel Quiceno M / Unsplash

Fauna

O ponto de vista sobre a fauna tem dois ângulos: o respeitante à fauna existente em Portugal e o associado ao consumo de animais.

Eis algumas sugestões de atitudes para que consigamos reduzir o impacto do nosso estilo de vida:

- respeitar o habitat de todos os seres, não interagir e não alterar o seu comportamento natural a nosso bel prazer.

- procurar aprender mais sobre os animais preferidos e compreender como os podemos salvaguardar e sensibilizar outros a fazerem o mesmo.

- plantar espécies úteis para os insetos polinizadores contribuindo para impedir que esta tipologia de inseto não desapareça e condicione drasticamente o sistema alimentar a nível nacional.

- preferir refeições vegetarianas ou vegan, reduzindo assim a pressão nos ecossistemas para se converterem em mais espaços de produção de animais para consumo.

As ações que realizamos todos os dias condicionam o meio natural à nossa volta e, se pretendemos proteger o nosso património natural, não podemos ficar indiferentes.

Esperamos que a partilha de hoje recorde do quão importantes sobre todos no contexto da conservação, que seja útil e que se tenha sentido motivado a agir.

Junte-se a nós por um país com património natural protegido e em recuperação.

Murta Atitude Natural

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