Os Oceanos Estão em Risco

Os Oceanos Estão em Risco
Fotografia de frank mckenna / Unsplash

Amanhã assinala-se o Dia Mundial dos Oceanos. Milhares de milhões de pessoas, animais e plantas dependem de oceanos saudáveis, e a sua saúde está em perigo.

Sempre que respiramos estamos conectados aos oceanos. Providenciam-nos oxigénio, alimentos, meios de subsistência e recursos energéticos, que contribuem para a nutrição necessária e o bem-estar geral da população. De acordo com dados da ONU, cerca de 680 milhões de pessoas vivem em zonas costeiras baixas, número que deverá aumentar para mil milhões até 2050. As últimas análises estimam que 40 milhões de pessoas dependerão de trabalho em indústrias baseadas nos oceanos até ao final desta década.

Os oceanos estabilizam também o clima do planeta absorvendo a maior parte do calor retido na sua atmosfera. Absorvem cerca de 23% do dióxido de carbono (CO2) gerado pela atividade humana, mas nessa ação benéfica provoca reações químicas que acidificam as suas águas. Esta consequência coloca os ambientes marinhos em risco e, quanto mais ácida a água se torna, menos CO2 é capaz de absorver, o que nos coloca a todos em risco.

Plastic pollution and juvenile fish.
Fotografia de Naja Bertolt Jensen / Unsplash

Para além da acidificação, também o lixo plástico, proveniente das atividades humanas, está a sufocar os oceanos. Mais de metade das espécies marinhas de todo o mundo poderão estar em perigo de extinção até 2100, se continuarmos no presente rumo.

Existem soluções para restaurar a saúde dos oceanos e todos, governos, empresas e cidadãos comuns, são chamados a atuar.

Para que os líderes do mundo alcancem um ponto de convergência, mobilizem parcerias, aumentem o investimento em soluções baseadas na ciência e tomem medidas para reverter o declínio da saúde dos oceanos, foram criadas as Conferências dos Oceanos das Nações Unidas, tendo a primeira ocorrido em 2017, a segunda terá lugar este ano, 2023, entre 27 de Junho e 1 de Julho em Lisboa, numa co-organização com o Quénia. Esperam-se ações e decisões concretas para salvar o maior ecossistema do mundo.

Seafood Boil
Fotografia de Adrien Sala / Unsplash

Enquanto os líderes aproximam pontos de vista e decidem quais as ações a tomar, todos nós, os cidadãos comuns, podemos ajudar a restaurar o oceano, eis como:

- se na sua dieta inclui peixe, reduza a quantidade consumida, diversifique e não consuma sempre a mesma espécie de pescado e marisco. Evite também consumir espécies em risco de extinção e predadores de topo da cadeira alimentar, e certifique-se de que todo o peixe e pescado que compra e consome provêm de fontes responsáveis.

- evite o descarte de plástico: recorra a artigos reutilizáveis para evitar a compra de descartáveis e garanta que descarta todo o plástico, que for mesmo indispensável de utilizar, no contentor apropriado (o que é aplicável também para outros tipos de resíduos).

- participe em ações de limpeza de praias e ruas (o denominado, e muito em voga, plogging).

- defenda e faça parta da solução, sensibilizando conhecidos, amigos e família, escrevendo cartas aos decisores políticos, assinando petições e apoiando campanhas dedicadas à sustentabilidade do futuro.

Os oceanos estão em risco devido à atividade humana, pelo que todos temos responsabilidade no seu restauro, sejamos proativos e façamos parte de um amanhã com oceanos saudáveis.

Murta Atitude Natural

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